DIA DE S.VALENTIM: Sempre desconfiei que esta data foi imposta no calendário pelos fabricantes de perfumes ou de gravatas. De facto não me parece que seja necessário instituir uma data para demonstrações de amor e muito menos através da compra - quase institucionalmente obrigatória - de presentes que nos são ostensivamente sugeridos.
No entanto, esta data suscita vários comportamentos entre os homens:
Aqueles como eu que, apesar dos meus belos ideais, não poderei aparecer de "mãos a abanar" sob pena de represálias (elas é que mandam...); aqueles que vão oferecer a primeira "plaquinha" (quem souber a anedota que conte...); aqueles animais que "brilham" na violência doméstica, para quem a data não existe e que cumprirão o seu rotineiro ritual de sopapos; aqueles que, pura e simplesmente se esquecem; e aqueles cujo calcanhar (daqueles...) não lhes permite ter, ocasional ou permanentemente, uma alma gémea para presentear.
No entanto, o herói nacional será sempre o macho, o Valentão. Aquele que, indiferente ao próprio nome e em plenas vésperas de S. Valentim, não hesita em aludir a expressões como cadela com cio - ao comentar declarações de Maria José Morgado - ou em aconselhar Ferro a impor tento na lingua a Ana Gomes - tipo: "vê lá se pões na ordem essa gaja do teu partido" - em contra ataque ao simpático qualificativo de "gabirus", com que aquela rotulou os dirigentes do futebol.
E pronto. Vou às compras!
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.