FUTEBOL DEMENCIAL: Os acontecimentos dos últimos tempos no mundo do futebol fazem-nos pensar que muita coisa deve estar errada: face aos acontecimentos em Guimarães, o Governo veio já a correr dizer que vai criar um cadastro para as pessoas com comportamentos violentos nos estádios e impedir-lhes o acesso aos mesmos. Resta saber como tamanha tarefa será exequível. Já Valentim Loureiro acha que o problema advém dos comentários sobre os árbitros antes dos jogos. Remédio: proibir comentários sobre os árbitros antes dos jogos, o que constituirá seguramente outra medida naturalmente inexequível.
No meio disto tudo, o Arq. Tomás Taveira, criador de três estádios (e que lindos que eles são...), queixa-se de que o trabalho dele não é reconhecido, o que já aconteceria se lhe dispensassem uns quantos bilhetes para os jogos do Euro 2004 (a solução para o problema é, assim, razoavelmente fácil). Gilberto Madaíl contesta, diz que já agradeceu aos arquitectos e aos tratadores de relva e remete o Arquitecto para os seus clientes, não se esquecendo de dizer ainda que esses clientes já terão recebido a respectiva conta pelos serviços prestados (não fossem falhar argumentos aos ditos clientes para recusar a oferta de bilhetes).
Por fim, um dirigente de uma SAD parece pretender criar uma SPPC (Sociedade Portuguesa Protectora de Camisolas). Começa a compreender-se que alguns treinadores queiram fugir do mundo do futebol que por cá se pratica.
Nesta amálgama infeliz de acontecimentos, o primeiro prémio vai inteirinho e por unanimidade para a SIC: depois de durante toda a semana a generalidade dos comentadores ter louvado a contenção da Sport TV e de Ricardo Espírito Santo pela auto-contenção na emissão das tristes imagens da morte de Fehér, criticando os restantes canais pela sua repetição exaustiva, quando Pacheco Pereira o fazia igualmente, no noticiário da SIC de sábado à noite, este canal achou por bem acompanhar as palavras do seu comentador convidado com a exibição dessas mesmas imagens. Não sabemos se a SIC estaria a gozar connosco, telespectadores, ou a pregar uma desagradável partida de péssimo gosto ao seu próprio comentador, mas seguramente que não estava a honrar a memória do pobre jogador.
Tendo em consideração este estado de coisas no futebol, espera-se ao menos que a Académica hoje nos faça sorrir.
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