ZAPOLÍTICA: Acontecimentos como a morte de Féher são a prova indesmentível do terrível poder da televisão. Ao contrário do nosso FNV e, concordando com blogues como o Santa Ignorância, o impacto daquela morte não relevou de um qualquer fervor clubístico mas sim do facto de ser vista em directo por centenas de milhares espectadores.
No fundo, este triste acontecimento deveria sensibilizar-nos para um facto (político) da vida real que nos toca a todos: o facto de que, na política, um acontecimento apenas ter relevância se tiver divulgação televisa. De contrário, será completamente ignorado. Pela população et pour cause pelos políticos, ou vice-versa. Será um não acontecimento.
Nesta realidade virtual em que, por exemplo, o governo Guterres seria credor de um merecido Óscar, só os "actores" é que ganham.
Num momento em que o país definha por "políticas reais", que passem do écran para a realidade física, será necessário que os políticos se lembrem que os "espectadores" são pessoas de carne e osso, que diariamente sofrem na saúde, no emprego, na carteira, etc. E que os até aqui passivos "espectadores" sejam de carne e osso e "desliguem" do mau espectáculo que diariamente lhes é oferecido e reclamem a boa programação a que têm direito.
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