Mikhail Boulgakov, publica em 1927 o diário do Dr.Poliakov, morfinómano inveterado. Este personagem será o próprio autor, com mais ou menos morfina ( nunca se soube exactamente), em desintoxicação sofrida diante da Moscovo, hirsuta e violenta. De qualquer modo, a fragilidade, sempre a sólida fragilidade humana:
"Se a minha formação médica não me impedisse, eu diria que um homem só pode trabalhar normalmente depois de uma injecção de morfina. Mas na realidade, em que é que um homem pode ser bom, se a mais insignificante nevralgia o põe fora de combate?
Ana K. tem medo. Tranquilizei-a, dizendo-lhe que desde a minha infância me distingo por uma grande força de carácter."
da tradução francesa, Morphine, da Babel, Setembro de 2000.
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