ARRUMAR IDEIAS II: Via Barnabé, leio o post da Sara, no Blasfémias, (links na coluna da direita), que reflecte pelos vistos, como diz o nosso P.C., um sentimento comum: "A Espanha pagou o resgate", ou seja, acobardou-se, e "a Al Quaeda venceu as eleições", isto por entre elogios à resistência e combatividade americana. No post anterior, descrevo este raciocínio como errado, mas há mais; Se esta tese vingar, os auto-proclamados defensores da civilização ocidental, estarão a prestar um inestimável serviço aos terroristas fanáticos: oferecem-lhes o mot d'ordre que eles tiveram a inteligência suficiente de ainda não enunciar. Pois que não precisam, afinal.
PS: Fica por perceber, se como toda a gente diz, a Espanha está económicamente pujantíssima, porque é que o PP foi mandado para casa. Dois factores, para além do desgaste de 8 anos, se me afiguram decisivos: a participação da Espanha na coligação bélica, que foi muito debatida e antecedeu em muito o atentado, e o caso Prestige, estranhamente ignorado pelos analistas lusos. Estive na Galiza meio-ano depois, e percebi fácilmente a revolta supra-partidária contra a péssima gestão operacional do caso, mas também contra a manipulação da informação, e portanto, aí sim, da verdade.
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