CASUS BELLI: Parece que está tudo de acordo: para a guerra, e em força. Nada de diálogos, pacifismos moles, tibiezas várias, cedências vergonhosas. Pois bem, vamos ao detalhes.
Invada-se a Síria e o Irão, para começar. Depois, poderíamos assentar arraiais no Paquistão, pôr ordem naquilo. De seguida, sem fobias, regressar à Somália, ninho de iconoclastas. Os norte-coreanos arrumavamos de uma penada. O diabo é se os chineses se mexem: são tantos que já o seu número é um crime. Bem, tanto pior para eles, que nós não vacilamos nem nos acobardamos. Que falta? Uma limpeza à francesa, e aos novos pieds-noir: ide chatear a Argélia. Mas, ó raio, e se eles se encafuam lá, e de lá vêm para cá, pôr bombas? Como dizia a minha mãe, o que não tem remédio, remediado está: risque-se a Argélia. Aos Balcãs, terra dada ao assassinato de arquiduques, convém prestar desvelada atenção: há por lá muita mistura, é uma caldeirada de mau azeite.
Nas nossas cidades, do Ebro ao Vístula, milícias e bravos, vestidos a sangue e honra, zelarão pelo sossego das nossas avós e respectivos netos: em cada escola um soldado, em cada rosto a verdade.
Só uma coisa me inquieta: quem vai fazer isto por nós, ocidentais de perna mole e pantufa colorida?
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