SOARES ENCORE, ENCORE E BIS: Eu cá sou pão-pão, queijo-queijo e quando é para dizer mal eu digo, mas quando é para felicitar eu também felicito. É o mínimo que eu posso fazer para que se perceba que não é encazinação. E vem a coisa a propósito por causa da solução contra os terroristas proposta por Mário Soares: o diálogo! É fantástico como ninguém ainda se tinha lembrado disso: o diálogo!... Deviam dar-lhe o Nobel! Está-se mesmo a ver que é isso que os terroristas querem quando rebentam uns quantos petardos nos comboios ou quando aterram uns planadores nuns bairros residenciais e comerciais, dizimando milhares de vidas: o diálogo!... Trocavam todas essas vidas humanas por uma amena cavaqueira, bebericando umas imperiais (eles dão-lhes outro nome...) e comiscando uns tremoços, não havendo pevides. Umas quantas larachas ao fim da tarde, uma conversinha da treta numa esplanada... é conversando que a gente se entende, caramba! Todos nós devíamos saber que os problemas dos terroristas é não terem com quem conversar! É pena não podermos contar com Raul Solnado pois a solução para o terrorismo - está-se mesmo a ver - era mandarmos alguém falar com o terroristas. A ONU podia até disponibilizar um aviãozinho catita, em executiva, aterrava-se lá e batia-se à porta do terroristas e perguntava-se: «é a casa do terroristas? O terroristas está?... Era para falar com ele...» Um mordomo fantástico inseria a visita na sala das mesmas, indagando se pretendia um b-52. «Não, obrigado...» Entrava pessoa altiva: «Bom dia, é o Sr. terroristas?», não, apenas o represento. «Ah... eu queria falar com o Sr. Laden, era por causa do diálogo...» E, chegando o Sr. Laden, tudo se resolveria. Era mandá-lo deitar no sofá e começar o paleio, perguntar-lhe pela infância, os seus problemas, com o que sonhava, as suas relações com os pais (em particular com a mãe), se foi infeliz, compreender-lhe que o preço das bombas é altíssimo (andam caríssimas...), que não sobra para o pão da sua gente, ouvi-lo dizer mal do mundo inteiro, com alguma sorte fumar uns quantos charutos (o Fidel tem de os vender a alguém...) e, no final, ficava tudo resolvido. Correndo as coisas muito bem ainda se poderia apresentar a conta da consulta e descontar as viagens nos impostos. É verdadeiramente incrível como ninguém ainda tinha pensado nesta solução miraculosa. Eu apoio-a verdadeiramente. Até pago o bilhete do interlocutor. Desde que para resolver o assunto seja Mário Soares o escolhido para ir ter com o terroristas...
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