DURÃO, O SAPATEIRO E O CARAMELO SOLANA: Começaria por fazer uma pequena ressalva sobre o título deste post: Durão e o Sapateiro são duas personagens distintas. Retomando, penso que um dos sintomas da pequenez deste país - situação que, pelos vistos, ainda vai demorar uns anos a debelar - é a forma como certa imprensa nacional repercute declarações de estrangeiros sobre Portugal ou sobre instituições Portuguesas. É quase sempre de mão estendida, como quem espera avidamente uma esmola de reconhecimento ou como quem se apresenta ao castigo, humildemente, para levar umas merecidas reguadas de povos mais civilizados. E que, por virem de povos "mais civilizados", serão sempre justas e adequadas.
O Sapateiro, com a delicadeza característica do mister, afirmou que não queria ficar na fotografia dos Açores. Durão atira-lhe a carapuça - certeira - de ajoelhar perante os terroristas caso optasse (como optou) pela retirada das tropas do Iraque. Cai o Carmo e a Trindade e Durão começa a ser fustigado pela imprensa. Como se não bastasse, ainda aparece o caramelo Solana - do partido do Sapateiro - a criticar directamente o PM Português, abstraindo do seu cargo e do local onde se encontrava a prestar declarações. E o que fez a nossa imprensa? Fustigou Solana e alertou para a inacreditável ingerência por si protagonizada? Exigiu a sua demissão por falta de isenção para o cargo? Exigiu a devolução da parte do seu salário que é paga por Portugal, atendendo à sua parcialidade? Claro que não! Engoliu o "caramelo", com papel e tudo e... fustigou Durão novamente!
É óbvio que o Sapateiro não esteve bem e que Durão também não. Mas, com esta mentalidade miserabilista nunca passaremos da cepa torta.
PS: Esperemos que o exagerado empolamento desta situação pelos espanhóis - e pela imprensa portuguesa - não seja um mero pretexto para o endurecer das posições do nosso estimado vizinho nas negociações - que se avizinham - sobre as águas fluviais da península. Veremos.
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