COMO SE PERDE A CREDIBILIDADE: A Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACAM-M) acusa o Ministro da Defesa de ter um comportamento rodoviário ?preocupante?. Fundamenta a acusação (amplamente divulgada na comunicação social) em 4 situações (uma de contramão e outras que consistiram em dois despistes e uma colisão, nenhum deles grave), que terão ocorrido desde 1999 até hoje. Ou seja, 4 situações nos últimos cinco anos, sendo que a maior parte delas não tinham o Ministro ao volante do automóvel mas sim os seus motoristas. A ACAM-M cataloga todos os episódios ocorridos de ?infracções graves?, qualificação jurídica onde cabe apenas, objectivamente, a dita contramão efectuada pelo motorista do Ministro em artéria urbana que recentemente tinha visto alterado o sentido da marcha por causa de obras nas imediações (existindo, portanto, uma atenuante perfeitamente actuante para o motorista, cujo nome desconheço).
A culpa de tudo é, para a ACAM-M, do Ministro, não obstante serem os motoristas a guiá-lo. Não se percebe, assim, o conselho dado pela ACAM-M para o Ministro passar a usar transportes públicos: é que se o autocarro que o Ministro da Defesa eventualmente utilizar tiver um acidente, o ACAM-M acusará igualmente ? não o motorista do autocarro mas sim ? o Ministro. As acusações da ACAM-M são absurdas, gratuitas e desprovidas de fundamento. Sempre considerei bastante as posições da ACAM-M. Mas se a ACAM-M e o seu dirigente Manuel João Ramos preferem, ao invés de lutarem pelos seus associados e pela segurança, utilizar o seu pedestal para fazer política barata, deixam de merecer a mais pequena credibilidade.
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