DISCURSOS: Não sou, nunca votei no PSD. Não me perco por Durão Barroso. Quando, através do meu amigo Nuno Freitas, conheci pessoalmente DB e lhe apertei a mão, apeteceu-me antes apertar-lhe o pescoço. Eu tinha chegado a Coimbra, já bem tarde e cansado, e os preparativos de uma noite de fados organizada para o futuro PM por Carlos Encarnação e pelo seu filho Nuno (outros dois bons amigos) impediam-me de chegar a casa. Tive de alombar do carro até casa com três crianças adormecidas (uma às costas, outra à barriga e a terceira... já nem me lembro bem mas deve ter sido também à barriga por falta de espaço nas costas). E tive ainda de regressar ao carro (estacionado a milhas) para buscar malas, malinhas e malotas. Quem conheça a Rua de Sub-Ripas e o meu porte atlético deve imaginar o que eu sentia. Perceberá igualmente que, horas depois, quando finalmente recuperei o fôlego e desci ao Quebra-Costas para matar saudades, não era propriamente a mão aquilo que eu tinha vontade de apertar a DB.
Sou, portanto isento. E nessa qualidade louvo o excelente discurso realizado no início do congresso do PSD. Longo, excessivamente longo, mas excelente. DB passou em revista o melhor do que este Governo fez, explicou bem a herança de que dispôs, clarificou as suas posições políticas, criticou suficientemente a oposição, analisou detalhadamente a situação do país, a questão europeia, foi claro, preciso, certeiro, leal e correcto. Excelente! Mais Ministros da coligação façam o que ele fez, expliquem como ele explicou, discursem como ele discursou, divulguem como ele divulgou, e não se deixem abater pela crítica desfasada do PS, antiquada da CDU e ofensiva do BE. As coisas passarão a ser melhores, sem sombra de dúvida.
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