INDY A LAVAR MAIS BRANCO: Vítor Cunha escreveu, no INDY, aquilo que eu queria escrever. Não sou dado a invejas mas desta vez devo confessar: invejo-o. Já na semana passada tive de assistir impávido, por manifesta falta de tempo, às discussões provocadas por Pacheco Pereira sobre a realidade dos excessos pós 25 do quatro. Já denunciei a coisa e tive aqui discussões violentas com quem não acredita na verdade. Não pude comentar, em tempo (por falta do mesmo), o ensaio de Rui Ramos sobre o papel de Jorge Sampaio (e de outros) na trama. E tenho até de me sujeitar ao vexame de ser considerado, por Vítor Cunha, e bem, como um daqueles cobardes que ficou silenciado!
Mas as questões são reais: este nosso PR admite ou não a tortura? Ou só a admite para os seus inimigos? Ou só a admite se feita pelos seus amigos? Pelos seus amigos contra os seus inimigos? Tortura ou sevícias? O nosso PR chora baba e ranho em frente às câmaras da televisão sempre que pode, por dá cá aquela palha. Há um tipo a quem puxaram as orelhas no antigo regime e ele verte lágrimas; há um desgraçado sovado que vê o filho e a mulher a serem maltratados num suposto regime democrático e ele acha normal? Este tipo de coisas convinha, na verdade, que fossem discutidas. É muito bonito passear em cortejo florido festejando a liberdade, mas não era mau de todo saber quanto é que isso nos custou. E quem nos fez pagar. É essa a História que falta contar ao povo português.
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