LEVAR A CARTA A GARCIA: que como sabem era um general cubano apoiado pelos EUA, na guerra contra a Espanha. Parabéns ao JMF do Terras do Nunca ( link directo só disponível na coluna da direita) pelas alterações no template do seu blogue: está elegante e trés racée. Um detalhe quanto ao seu comentário ( surpeendentemente suave) ao meu post Periodistas em la cárcel: O JMF, como aliás outras pessoas, criticaram-no em dois planos:
a) Não se deve falar da tortura cubana a propósito do Iraque.
b) Ninguém, salvo maluquinhos, é complacente para com Havana.
Eu não pertenço a admnistração Bush nem a represento em Portugal, e em aspectos fundamentais, estou muito longe do seu ideário comunitarista e ultra-conservador: pena de morte, política do aborto, política de drogas, só para citar alguns. Outra coisa é a crítica à indignação, ao "rasgar das vestes", para usar uma expressão do meu amigo e lobo do mar PC, de muita boa gente diante de actos, quer se queira quer não, exógenos ao comportamento habitual de um exército ocidental. É que este rasgar das vestes, traz água no bico: quem faz comparações abusivas não sou eu, é quem diz e escreve, que "os americanos" são iguais a Castro ou a Saddam. Quem estabelece comparações absurdas é quem vai por este caminho, mas depois diz que a crítica aos EUA é mais agreste porque "são uma democracia". Em que é que ficamos?
Pela minha parte limitei-me a demonstrar que o súbito horror à tortura e ao desrespeito por diereitos fundamentais de presos, soa a falso. Quanto à solidão de Havana, deve haver muitos maluquinhos por esse mundo fora: numa recente votação ( 21 de Abril, salvo erro) na Comissão de Direitos Humanos da ONU, 21 países opuseram-se a uma resolução que condenava Castro e as sua práticas torcionárias. Para mais, não esqueço de facto, a forma como Fidel foi recebido em Portugal em 1999 ( não em 1975). Bill Clinton, "o democrata", quando veio a Portugal pela primeira vez, teve direito a mais pichagens de muros ( "Clinton go home") e manifestações ( pequenas, organizadas na altura pelo BE e pelo PCP) de ódio do que o nóvel confrade do Vinho do Porto: Fidel veio, esteve e partiu como se de um qualquer chanceler europeu se tratasse. Se estes factos incodam, paciência.
E termino com uma pergunta ao jornalista JMF: sendo os seus colegas um alvo privilegiado de Havana, e abstraindo-se agora da questão do Iraque, acha o JMF que os media portugueses dão o devido destaque ( para ser suave, em retribuição) à perseguição, encarceramento e tortura que os seus colegas da bela ilha são sujeitos?
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.