ÚTERO REAL: O JPH do Glória Fácil ( link directo só disponível na coluna da direita) surpreende-me com uma análise curiosa da boda real. A novel princesa engravida, o Príncipe é um bonito macho que se irá desenrascar sexualmente noutras paragens; o casamento continua, mas por via da maternidade a princesa nunca mais voltará a ser a mesma sexualmente falando, o divórcio anuncia-se, e ela fica sem a custódia dos filhos, porque assim foi acordado pré-nupcialmente. Interessa-me a primeira parte, ou seja, o suposto deserto sexual durante a gravidez bem como a também suposta modificação defintiva do apetite sexual feminino após a primeira experiência maternal.
O útero de uma mulher adulta não grávida pesa cerca de 56 gramas, passa a pesar quase um quilo no final da gravidez ( sendo o miométrio quem mais trabalha), talvez por isso os Masai acreditem que na barriga da mulher grávida existe o bapuka, uma entidade divina que alimenta o bébé e que morde o pénis do homem que quiser ter relações sexuais com a futura mamã. Hipócrates por sua vez acreditava que o útero vagava, ou seja, vagueava pelo corpo, até ao externo ou mesmo até ao pescoço, tornando-se histérico se não fosse convenientemente alimentado com sémen. O ponto é que este orgão é fabuloso ao ponto de se saber hoje, que tal como certas áreas do cérebro, é capaz de produzir beta-endorfinas e dinorfinas, vulgo opiáceos endógenos. Também produz anandamida, uma molécula similar ao princípio activo da cannabis, o THC. O embrião, mais propriamente o blastócito, ainda descerebrado, na altura de se acoplar ao útero, atira-se às proteínas canabinóides ( cabeça-no-ar, é o que é). Ou seja, durante a gravidez, a mulher produz as suas proprias drogas para tolerar tanto inchaço, o filho consome-as para suportar a vida ( Freud bem avisava que a vida é lixada) e juntos curtem uma agradável sessão sauvage.
Não espanta que durante a gestação, a princesa se esteja nas tintas para o príncipe. Já a suposta diminuição do apetite sexual da mulher depois de ser mãe não passa de um mito: porte-se o parceiro como deve ser, resista ou dissimule a tentação, fique por casa, trabalhe e ganhe dinheiro ( pois pois...), faça-a rir, que tudo rápidamente volta a ser o que era. O útero está lá, pronto a começar tudo de novo.
Caro FNV, Aprendi (e diverti-me) com o seu post "útero real". Agradeço-lhe o "follow up" dado às minhas teses sobre a vida sexual dos principes. Só uma coisa me deixou confuso: eu escrevi sobre o oásis sexual que pode ser uma gravidez e você comenta-a como se eu tivesse tratado a coisa como um "deserto sexual". Esclareça-me, se possível. Abraço do JPH
Acho que com a sua referência ao "Bapuka" mordedor de pénis, acabou por desertificar, irremediavelmente, a vida sexual das parceiras dos leitores deste "post"! Nunca vi imagem tão atroz para o imaginário masculino...
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.