DEBATE DAS EUROPEIAS: Miguel Portas anunciou logo ao que vinha, no primeiro debate das Europeias, que terminou à pouco na SIC-Notícias: "não estamos aqui para discutir entre oposições mas sim para contestar o Governo". E de facto o vento parecia-lhe favorável: 3 contra 1, o que deve avisar o PSD para não concorrer coligado nas próximas legislativas. Estava tudo na paz dos Deuses, mas Miguel Portas não contou com a amiga de Peniche Ilda Figueiredo, que conseguiu irritar Sousa Franco, que por sua vez presto contou com a solidariedade de Deus Pinheiro. E também não contou com a atitude impecávelmente honesta de Sousa Franco, que não se coibiu ( ao contrário do que faria supôr a lógica eleitoral, essa meretriz), de concordar com o cabeça de lista da Coligação em temas europeus essenciais: a recente revisão constitucional, a necessidade de uma política comum de defesa, entre outros.
Resta que a Miguel Portas (que esteve muito bem na análise da politíca agrícola comum, acentuando a necessidade hoje evidente excepto para tolos, de a harmonizar com a política ambiental), falta a tenacidade e obstinação do Rasputine do BE ( qualidades que sobram a Ilda Figueiredo de tal forma que eclipsam todas as outras), bem como outra que Louçã dispõe em quantidades generosas: mais atenção ao vento da discussão e aos adversários, e menos auto-contentamento.
Por último, embora se vá dizer nos media, como é habitual, que este foi pobre e confuso ( faz parte do jogo os media dizerem mal do discurso político para assim melhor evidenciarem a sua suposta independência e o seu papel vigilante) achei que o debate incluiu discussões e perspectivas razoavelmente interessantes sobre a União Europeia.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.