O SEU A SEU DONO: No exame de História, um texto de Ramalho Eanes de 1977 foi apresentado aos alunos como sendo de Costa Gomes. Uma qualquer responsável (não fixei cargo nem nome) veio à televisão dizer que errar é humano. A afirmação, aplicada ao caso, é imbecil, porque para os alunos, errar é reprovar, não passar ou não entrar na universidade.
Segundo o jornal Público, os exames são feitos por uma equipa de autores, chefiada por um coordenador, vão a consultores, voltam aos autores, são revistas por uma equipa de auditores e faz-se uma revisão final: passam por uma dezena de pessoas. Uma gralha, admite-se hipoteticamente que passe por uma dezena de pessoas; um erro destes num exame de história não se admite. O que anda aquela dezena de pessoas a fazer por ali? Numa empresa privada, esta malta seria logo posta no olho da rua (provavelmente para depois ser reintegrada ou indemnizada pelo tribunal de trabalho da área mas enfim...). Na administração pública, imagino que a população se queixe do ministro respectivo, o qual não tem culpa nenhuma de ter incompetentes a trabalhar no ministério.
O erro é grave, de facto, e merece punição. Mas acha mesmo que isso é motivo para o autor ser despedido? Você tem ideia do que significa um despedimento? Mais calma no gatilho, é o que eu aconselho. Sinceramente, nunca me hei-de habituar a este liberalismo. António
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