PS, ps (post scriptum, bem entendido): Enquanto isto, Ferro Rodrigues assobia para o lado e insiste na manutenção de António Vitorino para comissário europeu e para presidente da Comissão. A família socialista tem uma ideia muito curiosa sobre a democracia: imagina que mesmo perdendo as eleições europeias pode escolher as pessoas a designar para os cargos (já tínhamos visto política semelhante quando injustificadamente quiseram perpetuar no cargo a pessoa que dirigia a Cruz Vermelha...). As razões socialistas para as exigências relativas a Vitorino prendem-se com uma ténue, muito longínqua e aliás já completamente afastada hipótese de ele vir a ser designado presidente da Comissão. Mas como sabem que isso nunca acontecerá, exigem-no também porque acham que Vitorino é competente. A competência de António Vitorino (tema que me lembra sempre um certo personagem do Eça...) podia até ser uma realidade. O que acontece é que nos partidos da coligação existem inúmeras pessoas igual ou superiormente competentes.
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