CORRECÇÃO: Nem sempre posso responder ou argumentar sobre os comentários mas quando cometo um erro entendo que tenho de o fazer. Aparentemente Os Verdes são dois, um do sexo masculino e outro do feminino. Como quase sempre só vejo este último, pensei que fossem só um, ou, mais rigorosamente, uma. Afinal não é assim, o que estraga o humor do meu post mas não muda mais nada do que ficou dito, para grande pena de João Amaral. Aproveito para esclarecer que não percebi qual o conceito de competência e de currículo técnico do segundo comentador para poder argumentar com ele e que o terceiro, funcionário público, indubitavelmente não percebeu aquilo de que eu estava a falar, a categoria de pessoas a que me referia. No entanto era fácil e não tinha nada a ver com o funcionalismo público em concreto.
Por fim, sublinhe-se a evidência: critica-se e comenta-se sempre o acessório, o menos importante. Quanto às questões reais efectivamente tratadas, críticas não existem. Congratulo-me por isso.
Caro VLX, Registo a correcção, que, confesso, me surpreendeu e agradou. Tem toda a razão no post auto-correctivo: à substância disse nada. Primeiro, porque penso que neste caso concreto o putativo conflito de interesses é, ele próprio, uma minudência face ao essencial - o completo e gritante desfasamento que existe entre o Ministro e a área que tutela, independentemente das suas reconhecidas capacidades profissionais noutras áreas. Segundo, porque, como não sei o suficiente sobre esta questão concreta, não quero ser pouco rigoroso. Parece-me, contudo, que o VLX está a generalizar e rotular, colocando no mesmo plano questões bem diversas. De facto, nada impede que uma pessoa exerça funções em instituições privadas antes ou depois de ser responsável governativo. Nem me parece que haja quem critique por isso. Mais estranho é à segunda-feira representar interesses particulares nas suas relações com o Estado e, â terça, passar para o outro lado da barricada, representando o Estado nas suas relações com esses interesses. Para retirar qualquer referência à "função pública", seria o mesmo que um advogado representar em juízo uma parte contra outra e, na audiência seguinte, aparecer já como advogado desta, contra aquela. Apetecia-me falar aqui da mulher de César, mas o argumento está estafado. De todo o modo, como penso que o VLX já sabia tudo isto, concluo dizendo que fico contente que não retire uma vírgula ao que disse. Com "grande pena" ficaria se mudasse de opinião tão depressa. João Amaral
Caríssimo João Amaral, Todas as segundas feiras eu represento interesses diferentes do Estado. Às vezes contra o próprio Estado (repare que nem sempre o Estado tem razão). Se na terça-feira eu decidir passar a defender o Estado, isso será feito com igual acutilância e empenho. Qual é o problema? Pensará o João Amaral que só pesssoas que tenham estado permanentemente na função pública podem ser governantes?
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