A BICLA (memórias de um sportsman em férias) VIII: Mas tive realmente de passar uma boa temporada junto à bicla, encostado à parede, a dar à roda, a dar à roda. A pobre da minha mão direita é que ficou um caco, cheia de bolhas, pelo que desisti aos 15 quilómetros (confesso que também já me estava a irritar o tipo que vai lavar o carro sempre a perguntar se eu precisava de ajuda, a dizer "olhe que não chove lá fora" e outras palermices que às vezes nem percebo. Que gajo irritante! Podia ao menos calar-se quando está a aspirar o carro mas nem isso: fala mais alto, quase aos berros, está constantemente com risinhos parvos, sempre com a mania que tem piadinha, o palerma. Tive de desistir do exercício às quartas-feiras).
Tive ainda de ir comprar umas luvas para continuar esta porcaria. Além da trabalheira, isto está-se a transformar numa despezona incrível. E ainda nem sei se o seguro paga a pomada para a mão. Mas estou farto desta maluqueira e acho até que tenho de mudar de vida. Isto não pode continuar assim, eu não posso continuar com esta situação. Afinal, porque me ando eu a enganar a mim próprio, sempre a dar à roda? E aos outros? Já decidi o que fazer: alguém me quer vender um conta-quilómetros usado aí já com uns 100 ou 150 quilómetros?... (resposta a este endereço electrónico)
(cont.)
Compreendo porque o VLX foi expulso da BikeMagazine. O texto de VLX não avança, não nos conduz a sítio nenhum a não ser ao absurdo. É um autêntico terror de Verão. Cá em casa todos esperamos ansiosamente pela saída de cada episódio. A minha mulher, quando a nossa filha mais nova não quer comer a papa, ameaça ler-lhe a história da bicicleta daquele menino que não sabe a andar e que, por isso, coitado, deixou de saber escrever. É remédio santo.
A coisa é mais complicada do que isso. Eu passo a explicar, lembra-se do FNV, dos seus calores estivais e do seu posterior abandono do belogue? Pois, foi a maneira que ele arranjou para arejar a sua participação na nau? catrineta. O que se passa com o VLX é precisamente a mesma sintomatologia, só que este marinheiro repisa o assunto da bicicleta não tardando muito que aproveite a pedalada para desandar daqui para fora. É como diz um gajo lá do bairro ?é cagar e andar e nem o cu limpar!?.
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