A BICLA (memórias de um sportsman em férias) III: Estou farto de me sentar no meu selim. Aliás, toda a gente se quer sentar nele. Sentam-se, abanam-se, agitam-se, todos querem experimentá-lo! Que maravilha de selim!
O meu selim é tão grande que tem por baixo uma porção de ferros compridos, todos ligados, que fazem a junção entre dois círculos grandes nas extremidades, forrados a borracha preta. Vem também decorado com dois pedais (um, do lado esquerdo, e o outro, um pouco mais atrás, do lado direito). Vem ainda com uma corrente muito gira - embora esteja suja de óleo - que serve para envolver duas rodas dentadas (embora me pareça que aqui me terão enganado, pois uma das rodas é muito mais pequena que a outra. Não faz mal. Não há bela sem senão e o meu selim vale tudo).
O meu selim fica o máximo encostado à parede da garagem! Lindo! Não me canso de olhar para ele. Às vezes fumo um cigarro inteirinho sempre a olhar para ele. Ou dois.
Outras vezes, mudo-o de lugar para não estar sempre virado para o mesmo lado. Sempre que chego a casa sento-me nele uns bons cinco minutos. Um dia destes (quem sabe?...), só para meter inveja, vou dar uma voltinha pela rua com o meu selim novo...
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