A BICLA (memórias de um sportsman em férias) XIII: Acabo de descobrir que os taxistas não gostam de transportar bicicletas. Pode-se chorar, implorar, oferecer de gorjeta este mundo e o outro que eles não levam, mesmo. Tive de voltar nela. Brrrr!... Eu pensei que a ideia era boa: descia de bicicleta, com toda a gente a controlar o meu exercício, e voltava para casa de táxi. Infelizmente nenhum dos taxistas da praça me quis trazer a bicla. Chamei os de todos os concelhos circundantes: nenhum o fazia. Estive quase para a abandonar na praia, mas ninguém acreditaria que ela tivesse morrido na praia. Curiosamente, estou convencido de que ninguém se admiraria se isso me tivesse acontecido a mim. Fico com ciúmes da bicla e estou farto desta coisa.
Se souberem de alguém que queira comprar uma bicicleta praticamente nova avisem-me. Preço módico e ofereço um selim extra. O selim é porreirinho.
Desportista esgotado. Monólogo desinspirado. Quanto à bicicleta vai a leilão. Estranho. As paixões de Verão costumam acabar lá mais para diante. Quanto à prosa, é preciso buscar melhor sorte, rumo ao sul.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.