Em tempo de férias não há lugar para assuntos sérios...
A BICLA (memórias de um sportsman em férias): Toda a gente andava a chatear-me por causa da inactividade pelo que resolvi comprar uma bicla.
Ou, precisando, o que comprei mesmo foi um selim. E que selim!... Era o melhor e o maior da loja. Era tão bom, tão bom, tão bom que foi o último que o vendedor me trouxe para mostrar ("Só se for então isto...", disse ele, parecendo estranhamente enfastiado).
De certeza que tinha ficado por lá esquecido pois não se justifica que um selim tão bom estivesse tantos anos sem se vender (já nem se percebia a etiqueta nem ninguém sabia o seu verdadeiro preço...).
O meu selim é mesmo o máximo! Anda tudo doido com ele, todos querem montar nele, experimentá-lo, sentir as molas, eu sei lá que mais... Sim, que o selim das biclas de hoje (vá-se lá chamar selim a esses! Umas banquetas, são o que são...), o selim das biclas que actualmente se vendem é uma bela porcaria! Uns centímetros finíssimos de material duríssimo que magoam cruelmente o rabiosque. Dizem que a gente se habitua (dizem até que há quem goste) mas eu cá não vou nisso: naaaa!... Outros ainda colocam almofadas nas calças, mas eu não!...
Depois de incessantes buscas à procura de um daqueles velhos selins de molas, das antigas biclas dos carteiros, encontrei finalmente um selim à altura. Ou, melhor dizendo, ao peso.
(cont.)
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