O 4º PODER: Inês Serra Lopes afirmou hoje à RTP 1 - a propósito da publicação no "Independente" da transcrição de parte das famosas gravações desaparecidas - que, no que toca à decisão editorial de publicar tais peças "...a legalidade não é o único critério, nem sequer o principal". Aceitamos que assim suceda no campo das opções jornalísticas. No entanto, numa democracia, a legalidade terá que ser sempre a realidade conformadora de todas as actividades sociais, sob pena de eventuais ditaduras por parte de actividades (ou, de pessoas que exercem determinadas actividades) cujo desempenho seja susceptível de se traduzir num exercício fáctico de poder. E isto vale para jornalistas, juízes e governantes, entre outros.
Assim, torna-se essencial para a democracia que a justiça funcione e bem. Que a lei seja igual para todos, mesmo (ou sobretudo) para aqueles que a aplicam ou cuja actividade se traduza no exercício de um poder de facto. Como por exemplo os jornalistas.
Pois, mas eu já andava farto de tanta conversa sobre as malditas cassetes, de ver homens a cairem dos seus cargos e ninguém sabia sequer do que tratavam as cassetes. É bom que se saiba tudo, já que o pronalista do Coreio da Manhã foi o primeiro a praticar um crime ao gravar conversas sem consentimento dos entrevistados. O que se deveria saber mesmo é quem gamou as cassetes... para se perceber tudo isto. CC
Acho que atingi o ponto crítico. Não sei bem o que se passou com a história das cassetes, mas também não me apetece ler os jornais, nem tentar perceber. Mas só de ouvir aqui e ali, já percebi que roubaram umas cassetes, e que mete os srs Salvado, Moura, e Rodrigues, não é?
As cassetes foram convenientemente "roubadas" e alegadamente "desaparecidas" para procriarem em cópias que não deixam de ser ilícitas, nem elas nem a sua utilização...e não há "intedesse púbuico" que se sobreponha a tanto ilícito criminal.
Já alguém se lembrou da figura do conflito de interesse= Já passou pela cabeça pelos arautos defensores da legalidade fazer escalas entre direitos e interesses? Às tantas era bom que fizessem. Porque enojadas, enojadas e sofridas, sofridas, ficam as crinaças. Todos os melindres e puritanismos restantes são coisas de quem anda longe dos horrores nem sequer tem sensibilidade para deles se aproximar.
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