UM "CEO" NO GOVERNO: Não dispomos de todos os dados mas, aparentemente, o administrador brasileiro Pinto revolucionou por completo a TAP. De crónico sorvedouro de fundos públicos a empresa passou a dar lucro e, caso raro em empresas públicas, a administração tem o apoio dos sindicatos. Até que aparece em cena Cardoso e Cunha. Homem com larga experiência em "sorvedouros" (EP's que nos levam o dinheirinho todo) e que, faminto de protagonismo, decide começar a atacar o seu bem sucedido colega da administração. Foi demitido e bem.
Duas notas (como diria o professor...):
- António Mexia, ao contrário dos seus antecessores, agiu com lógica empresarial e em defesa dos interesses dos accionistas da empresa: os contribuintes. Num cenário em que imperasse uma lógica estritamente empresarial na nomeação e na administração das EP's, pergunto quanto tempo duraria um Cardoso e Cunha no Conselho de Administração?
- Será que os portugueses não se importariam de pagar um pouco mais aos gestores públicos, por forma a atrair os melhores e acabar com os "sorvedouros"? Só assim será possível substituir a lógica política e dos favores políticos - do sorvedouro - pela lógica empresarial - dos lucros - na administração das EP's.
concordo. pague-se e assista-se ao resultado. mas muitos são bem pagos e nem por isso melhoram. as políticas na admin publica são de manutenção de funcionários sem competências produtivas e poucos deles são motivados para tal. será que os portugueses não precisariam de ganhar mais, já que pagam mais do que todos os outros?
De facto na aparência estamos de acordo. E na substância? Qual foi o milagre financeiro encontrado pelo Sr. gestor brasileiro para - de repente - uma empresa inviável ter passado a dar lucros substanciais? Estranho... não é? Ainda para mais quando é certo que - na aparência, note-se - não se vislumbram aquelas medidas radicais e há muito reclamadas (despedimentos em barda, etc.), para além de um aumento no número de rotas para o Brasil. Não estaremos nós perante um mero "lifting" contabilístico? Ainda para mais quando é sabido a forma como os brasileiros se preocupam com a aparência?... Por último não esqueçamos que Cardoso e Cunha não era propriamente "colega" da administração. A sua função era bem diferente. Talvez por isso um tenha ficado e o outro não. Talvez, também, um dia a cultura política e moral da aparência tão enraizada no nosso país dê lugar a uma forma mais séria e limpa de fazer as coisas.
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