A DOR TRANSFORMADORA: Há 3 anos muitos europeus proclamavam que nunca esqueceriam os horríveis actos de 11 de Setembro de 2001. Mas a origem das diferenças que rapidamente surgiram dos dois lados do Atlântico não reside na memória. Mora no impacto emocional.
Para a maioria dos europeus, o 11 de Setembro foi um acto terrível, mas que não provocou uma alteração de monta na sua visão do mundo. Para os americanos, nada será igual.
Transcrevo um trecho de um texto de um obscuro comentador publicado num jornal da Flórida no dia 12 de Setembro de 2001. É uma citação interessante porque está lá tudo o que o 11 de Setembro libertou na América: a perda de inocência, o sentimento de injustiça, a determinação de um povo voluntarista, a presunção arrogante fruto de um poder bélico inigualável, o rugido vingativo de um leão adormecido e despertado violentamente.
Estas frases resumem o ambiente que, com mais ou menos nuances, ainda hoje se vive na América, que mudou o mundo e muitos europeus preferiram fingir não perceber. Um clima que se viverá durante muito mais tempo (com Kerry, Bush ou outro qualquer). E que explica grande parte da tragédia e da esperança que atravessam os dias de hoje, 3 anos depois. Na Europa, nos EUA, em Israel ou na Palestina, no Iraque ou no Afeganistão.
What lesson did you hope to teach us by your coward's attack on our World Trade Center, our Pentagon, us? What was it you hoped we would learn? Whatever it was, please know that you failed. Did you want us to respect your cause? You just damned your cause. Did you want to make us fear? You just steeled our resolve. Did you want to tear us apart? You just brought us together... So I ask again: what was it you hoped to teach us? It occurs to me that maybe you just wanted us to know the depths of your hatred. If that's the case, consider the message received. And take this message in exchange: You don't know my people. You don't know what we're capable of. You don't know what you just started. But you're about to learn.
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