NÃO TE PRIVES: Um dos ajuntamentos que implorou pela embarcação que se diverte a fazer abortos apelida-se de "não te prives". Parece-me que não poderia ter arranjado designação mais esclarecedora pois dá a todos a ideia cristalina de que se pode fazer o que se quiser da vida sem qualquer efeito secundário, uma vez liberalizado o aborto.
Uma vez liberalizado o aborto, podemos estar à vontade e sem qualquer tipo de problemas. Não há privações. Tudo é permitido.
Repare-se: se do que quisermos fazer da nossa vida fizermos vida alheia sem querermos, e se podermos sossegadamente e apoiados pela lei desfazer a pobre da vida criada por nós em vida querida, triturá-la e deitá-la fora, prosseguindo nós a nossa sossegada vida que pretendemos...
Enfim... qualquer que seja o prisma pelo qual se analise o problema, isto não pode parecer bem.
O facto de uma causa ser justa não implica obrigatoriamente que quem está do lado dessa causa tenha razão. Quero dizer: Al Capone tinha uma instituição de solidariedade social de que era grande benemérito. Afinal, quem não é contra a pobreza? E quem não é contra o sofrimento de mulheres desesperadas? Mas isso implica a nossa aceitação de quem de um momento para o outro resolve ser mais do que a Lei, mais do que outros? E sobre os verdadeiros intúitos de quem o faz? Al Capone era bem intensionado? http://nonio.blogs.sapo.pt
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