OS ESPERTOS E OS LORPAS: Parece-me consensual, entre as pessoas sérias, que Portugal precisa de uma "moralização" geral. Para além das necessárias reformas em quase todos os sectores da sociedade, é igualmente necessário motivar os cidadãos quanto ao cumprimento das suas obrigações sociais - nomeadamente, quanto ao pagamento dos seus impostos - acreditando que o fazem como parte de um todo, na construção de um país melhor.
No entanto e nas últimas décadas, a generalidade da acção governativa está pejada de maus exemplos, de "convites por escrito" ao incumprimento, à incredulidade, ao individualismo e ao desinteresse pelo colectivo. E quando deparamos com a pensão vitalícia de Mira Amaral e (caso se confirme) com a nomeação de Celeste Cardona para a administração da CGD, só podemos concluir que essa ainda é a prática dominante.
O impacto destes casos na população é o de criar a legítima dúvida sobre se vale a pena ser um lorpa cumpridor ou se devemos fomentar e almejar um estado de esperteza, daquele tipo que nos é tão ostensivamente apresentado por quem deveria dar o exemplo.
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