REVELADOR: Há quem veja as divisões provocadas pela "questão iraquiana" como uma disputa entre francofonia ou anglofonia, ou entre a América e a França. Pois reparem bem como o problema é visto por alguns. O mestre cita um blogue iraquiano (Healing Iraq) que transcreve a argumentação do senhor Mohammed Bashir Al-Faidhy, porta-voz de uma associação de professores islâmicos. Aqui fica o esclarecedor trecho:
To our brothers in the Islamic Army of Iraq. We wish to inform you that we totally understand the extreme rage that is boiling in your hearts regarding the French decision to ban the Hijab in their schools, and we share you your dissapointment. We officially condemned the French decision at the time... However, killing the two hostages without considering the grave consequences of such an act would be harmful to our cause and would isolate us from our international support... Our goal is to besiege the Americans politically in every spot of the world and this act is not serving that goal... You can see how the agents of the occupation are already using this incident against us... It is our duty as scholars to point out to our brothers what is wrong and what is right... France as an anti-occupation country has been helpful to our cause... You might say that the French stance is not an altruistic one and that they have their own political interests that caused them to disagree with the Americans, and I am not going to say that is not true but it is also our goal to turn them against each other to serve our cause so France has a strategic importance for us.
Esse trecho é de cair para a banda... O problema de matar os reféns é: "considering the grave consequences of such an act would be harmful to our cause and would isolate us from our international support" e não o respeito pela vida humana. Só prova que está ali um caso sério! O parágrafo seguinte resume bem o trecho: "Basically, he is saying: My dear children, it is true that they are infidels, but we should turn the infidels against each other whenever we have the opportunity. Do not kill these two infidels, maybe another time when no one is looking"
O PM iraquiano resumiu bem a questão quando se referiu àqueles que assumem atitudes dúbias pensando que assim se livram da chantagem dos "extremistas" (uma indirecta referência à posição francesa quanto à invasão do Iraque) .
Qualquer que seja o fim de mais este drama a França "will not look good": se os dois jornalistas forem assassinados (é essa a expressão correcta para actos desta natureza e não "executados")dir-se-á que nem os tradicionais cinismo e oportunismo franceses em política externa a salvou da barbárie; se os jornalistas forem libertados poderá legitimamente questionar-se que contactos privilegiados aquele país tem no sórdido mundo do islamo-fascismo.
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