COMPOSIÇÃO I:Gosto muito dos Super-Dragões. Gosto deles porque vivem no Porto e não no resto do país. Os Super-Dragões são nossos amigos porque só visitam o resto do país de vez em quando. Os Super-Dragões sovaram a Dª Laura ( a Srª das lojas) quiseram sovar o Dr. Pacheco Pereira ( aquele da TV) à entrada de um hotel e obrigaram o Dr.Rui Rio ( não sei quem é) a ir passar um fim-de-semana ao Minho. Mas não foi por mal, foi por serem Super-Dragões. Os Super-Dragões cuspiram no Sr.Mourinho mas também não faz mal porque foi em Inglaterra e o meu pai diz-me que cada terra tem os seus costumes. Os Super-Dragões aparecem na televisão muitas vezes e eu quando crescer quero ser como eles.
Para além de claques há adeptos e hão-de reparar que sempre que o Benfica está em lugares cimeiros, sempre nas primeiras jornadas de cada edição da Liga, regressa uma arrogância e uma buçalidade que nos é ainda intrínseca, apesar de escondida. Os resquícios do tempo em que só havia Benfica, para o bem e para o mal, que ainda nos prende ao país diminuto que hoje somos, liberta a brutalidade que há em nós, a estupidez e a ignorância. Toda esta questão dos bilhetes é prova disso, se de provas necessitassemos, uma pura questão de idiotas a tentarem revolver as tripas da modernidade que, diga-se, não está pra isso. A tosca direcção do Benfica entendeu insultar os adeptos portistas, alegando que a sua presença, em excesso, seria prejudicial. Todos sabemos que o Benfica falha quando sob pressão, no entanto, a pressão vem dos desesperados adeptos da casa e não de mais ninguém. Não venham com desculpas de alunos repetentes da primária porque os adeptos portistas são o que mais estrada percorrem, aquém e além fronteiras, e espalham alegria por toda a Europa, onde quer que estejam, com civismo e educação. Noutros tempos não foi assim, mas não venham dar lições de comportamento a quem, hoje, ensina todos os domingos a saber estar no futebol. O grande torcedor neste momento a nível nacional é o do Futebol Clube do Porto. Foram os únicos que cresceram com a Europa, vá se lá saber porquê. Pelo menos nunca mataram ninguém com very-lights
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