DISSENTS: Todas as naus se dão mal com a calmaria.
Como, pese embora a falácia do "consenso ideal", as sociedades e os grupos, mesmo em alto mar, se alimentam e progridem com a divergência (para desenvolvimento, ver aqui), e como dá menos trabalho apresentá-las por atacado, aqui vai.
Discordo:
- de que seja a eventual impossibilidade de mobilizar soldados não conscritos para o Iraque a demonstrar os limites do poder norte-americano;
- de que a polémica do momento seja uma "trica que é essencialmente intra-partidária";
- de que a mesma tenha a verdadeira origem num problema de peso do Estado e da sociedade civil, e não, sobretudo, numa forma de actuação;
- de que, portanto, estejam em causa acusações "politicamente hipócritas"; - de que esta nau tenha um marujo residente em Madrid (onde, aliás, nunca poderia embarcar);
- de que se confunda firmeza e perseverança com sanha persecutória ou paroxismo (e mesmo que se seja particularmente sensível aos problemas da extraterritorialidade);
- de que se possa pensar em proibir os minaretes: a liberdade de religião acima de tudo!
Não leveis a mal, companheiros marujos, mas, por razões puramente expressivas (e sem qualquer pretensão de intendência ou provedoria), tenciono reincidir periodicamente...
Caro Por Mão Própria, Neste caso, as acusações vindas de quem renacionalizou a comunicação social (nomeadamente de responsáveis socialistas) e aumentou a presença do Estado em negócios mediáticos são, na minha modesta opinião, politicamente hipócritas. Porque são acusações de gente que criou a situação nublosa da qual se aproveitam para insinuar negócios e negociatas. E porque os socialistas que usam esta argumentação nunca tiveram, não têm, nem nunca terão intenções de acabar com a intervenção do Estado na área mediática. Há quem tenha interesse em falar e dissecar sobre a árvore - eu preferi discutir a floresta. Há, aliás, muito boa gente que não enifa esta carapuça, a começar pelo nosso abrupto companheiro JPP. Quanto a esta questão ser ou não "essencialmente intra-partidária" (o que aliás em nada diminui as eventuais questões de princípio que eventualmente dela decorrem) reconheço que os acontecimentos me desmentem. Hoje foi o Presidente da República a debater o assunto, amanhã quem sabe, o Conselho de Segurança da ONU ! Quanto à questão da confirmação ou desmentido do poder americano, eu não concordo nem discordo. As declarações de alguém com a experiência no terreno como Bremer criaram-me uma dúvida - enfim, problema meu. Mas o meu amigo não se preocupe - estou certo que estas hesitações não afloram espíritos decididos como o seu. Saudações marítimas, NMP
Caro Por Mão Própria, Neste caso, as acusações vindas de quem renacionalizou a comunicação social (nomeadamente de responsáveis socialistas) e aumentou a presença do Estado em negócios mediáticos são, na minha modesta opinião, politicamente hipócritas. Porque são acusações de gente que criou a situação nublosa da qual se aproveitam para insinuar negócios e negociatas. E porque os socialistas que usam esta argumentação nunca tiveram, não têm, nem nunca terão intenções de acabar com a intervenção do Estado na área mediática. Há quem tenha interesse em falar e dissecar sobre a árvore - eu preferi discutir a floresta. Há, aliás, muito boa gente que não enifa esta carapuça, a começar pelo nosso abrupto companheiro JPP. Quanto a esta questão ser ou não "essencialmente intra-partidária" (o que aliás em nada diminui as eventuais questões de princípio que eventualmente dela decorrem) reconheço que os acontecimentos me desmentem. Hoje foi o Presidente da República a debater o assunto, amanhã quem sabe, o Conselho de Segurança da ONU ! Quanto à questão da confirmação ou desmentido do poder americano, eu não concordo nem discordo. As declarações de alguém com a experiência no terreno como Bremer criaram-me uma dúvida - enfim, problema meu. Mas o meu amigo não se preocupe - estou certo que estas hesitações não afloram espíritos decididos como o seu. Saudações marítimas, NMP
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