CONGRESSO DA DEMOCRACIA I: Guterres regressou aos "palcos" políticos nacionais, produzindo algumas considerações que merecem comentário:
G. alertou para a progressiva promiscuidade entre responsáveis políticos e os media bem como para a tentação dos primeiros em manipular os segundos, os quais acabarão por destruí-los. G. refere-se, obviamente, à manipulação "tipo Marcelo", i.e., via pressão directa sobre os proprietários dos media que, por sua vez, "torcem o braço" aos comentadores incómodos.
Penso que esta manipulação ilegítima tem origem numa outra manipulação, que será aparente e "politicamente legítima" da qual G. foi precursor em Portugal e que consiste em viver e agir para os media. Em que os "responsáveis" políticos se preocupam mais com a agenda mediática e respectivo retorno eleitoral em prejuízo da efectiva governação.
Esta promiscuidade é que está na génese da tentação da manipulação dos media. Se o móbil do modus operandi dos responsáveis políticos em geral não fosse o impacto mediático mas sim servir o país - nostálgica memória - talvez a componente mediática não fosse tão endeusada como é hoje. Mas, a partir do momento em que é usada com êxito (eleitoral) por uns, dificilmente será prescindível pelos outros.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.