FORTES FRACOS II: Os comentários dos leitores ao primeiro post foram muito interessantes e deixaram-me a pensar. Durante sessões de psicoterapia já tomei conhecimento de crimes praticados pela própria pessoa que os está a relatar, mas nunca me passou pela cabeça denunciá-los. Num acto clínico quem está à nossa frente é quem estamos a ajudar. Assim se suspendem os juízos morais excepto se os mesmos forem de tal ordem que obriguem ao cancelamento da ajuda prestada ( e isso já aconteceu comigo); mas nesse caso o tempo suspende a acção, ou seja, tudo o que disse respeito ao acto de ajudar lá ficou.
A alternativa a isto é o terapeuta investir-se de funções que cabem ao juiz, ao polícia, ao padre, ao comentador que há dentro dele, inevitavelmente. Nesse caso somos tudo e já não somos nada.
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