FRANGO ASSADO: Ontem na SIC-Mulher passava uma entrevista de Carlos Vaz Marques ( que o Luís da Natureza do mal alcunhou em tempos, se bem me lembro, de forma deliciosa) a Zita Seabra. Diz Zita a páginas tantas que hoje não pode ver nem cheirar frango assado. Tal fastio deve-se ao facto de ter comido quantidades industriais do galináceo quando vivia na clandestinidade: "era o que toda a gente trazia para as reuniões".
Calculo que a monotonia gastronómica desse tempos fosse tramada, mas tanto fastio fez-me arrebitar as orelhas: quem não tem um pedacinho de carinho que seja, por aquilo que comeu, bebeu ou leu nos tempos de juventude? Bom, mas o fastio de Zita , percebi depois, não estiola apenas no prato: "eles, quando uma pessoa sai do partido, nem nos cumprimentam na rua; eu sei, já o fiz."
Também Zita, que hoje vai ao cabeleireiro e é (foi?) veradora do PSD, quando passa pelo frango assado nem lhe diz olá. Não vá o bicho reconhecê-la.
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