JE VAIS ET JE VIENS: Quem não faz o que devia acaba a fazer o que não queria: foi o que aconteceu ao Dr. Sampaio, que ninguém pode dissolver, felizmente.
Mas para a frente que atrás vem gente:
1) O povo: divide-se em dois, como se sabe. O rural, velho e desconfiado, e o suburbano, pobre e remediado. Não estou a ver este povo a confiar abertamente no grego nominal: na melhor das hipóteses, um cheque pré-datado; mas são eles que decidem.
2) As elites: entre uma olhadela à Lux e ao lixo televisivo, ao volante dos seus SUV's, não desmarcaram as férias na neve. As outras elites, as "intelectuais", entretidas que estão "na busca de um mundo melhor" vão passar as festas a acariciar o graal. Ninguém conta com elas.
3) Os jornalistas: aos de Lisboa, entenda-se (que os da província ocupam-se da necrologia e da venda de propriedades rústicas), saiu-lhes o euromilhões: quatro meses de eu-sei-mas-não-digas-nada-a-ninguém. E nós a sustentar-lhes o jantarinho no Bica do Sapato.
Assim sendo, ou o Dr. Cavaco sai do armário (e dos artigos no Expresso) ou o próximo cônsul sofrerá a sorte de Caracala. Na ausência do homem do nevoeiro, o povo tolerará , quando muito, um substituto que lhe puser dinheiro nos bolsos.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.