OS PEIXES DO MAR SALGADO - Nº 5: O CELACANTO: A pedido da associação Protejam o Celacanto Português!, trazemos hoje às páginas do Mar Salgado o Celacanto (Latimeria chalumnae - Smith, 1939), mundialmente conhecido como "o fóssil vivo". De acordo com o nosso vademecum, é um peixe de águas profundas, sem interesse comercial. Entroncado (1,68 m. para 95 kgs), de cor metálica, caracteriza-se sobretudo pelo pronunciado prognatismo, que provoca a exibição frequente dos dentes.
Difícil de encontrar durante o dia, abriga-se em caves que chegam a conter 14 indivíduos. A ciência não conseguiu ainda estabelecer o que se passa durante as peculiares reuniões, nem o fim a que se destinam. Sabe-se, todavia, que existem regras rígidas e claras relativamente à ocupação dos respectivos lugares na cave - o próprio Prof. Hans Fricke afiança que nunca observou encontros agressivos entre os celacantos a esse propósito, o que leva a supor que o eventual desrespeito pelas ditas regras é imediatamente sancionado com a expulsão da cave.
O Celacanto parece mover-se em câmara lenta, derivando com a corrente, e, por isso, raramente necessita de ajustar a trajectória. Mas o seu comportamento mais curioso vem descrito no fim desta página (item "Biology"): foi visto várias vezes a fazer o pino, durante dois ou três minutos, com a cabeça perto do chão, como se se obstinasse a olhar para o fundo e se quisesse alhear do que se passa à sua volta.
A sua baixíssima resiliência (K=0.06-0.26; tmax=48; Fec=5) é um dos principais factores do perigo de extinção que actualmente o atinge: o Livro Vermelho das espécies ameaçadas considera-o, desde 1996, uma "endangered species".
Nem celacanto, nem enguias, nem robaletes, nem NADA, já não aparece nada disto na ria de Aveiro. Andamos é a engordá-los para outros os apanharem é como os políticos?
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