PRESIDENCIAIS: Se Guterres e Cavaco sempre se defrontarem, este último acabou de ganhar as eleições. Não o digo pelo que se passou em Barcelos, digo-o pelo que se passou em Madrid. Se a equipa de Cavaco for certeira, bastará passar repetidamente as imagens do encontro dos dois em Madrid e do respectivo cumprimento: de um lado, Guterres, atrás de outras pessoas, por entre outras pessoas, enviesado (como sempre), estendendo a mão manifestamente mole (como sempre), deixando cair a franja (como sempre), deixando cair a pasta que segura timidamente, venerando, atento e insignificante. Do outro lado um Cavaco direito, alto, levantado, espadaúdo, num fato de bom corte (!), estendendo a mão num aperto forte e decidido, de quem sabe o que faz e o que quer. Por fim - mostrava a reportagem - uma fugaz imagem de Guterres correndo corredor fora, agachado, encolhido, escapulindo, fugindo. Num mundo rendido às imagens, numa época de imagens, estas valem milhões, valem uma presidência. Acho que deram na SIC.
Já. Uma vez. Cantava-se o fado por baixo lá de casa, muito antes da coligação. Não é um mau aperto de mão. Há apertos de mão piores. Muito piores. Há muitos mais e piores apertos de mão. Aquele não foi nada mau aperto de mão. Foi mesmo uma boa bacalhoada.
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