SENÕRES & MANOLOS: A época está a acabar, e este ano do Guadalquivir nem o cheiro me chegou. Paciência, vou-me entretendo com outros espectáculos de manolos e senõres, menos interessantes, sem verónicas nem naturais mas com abundância de cornalões. Por exemplo, a faena murcha dos senõritos satisfechos ( abaixo de manolos, digo eu e dizia Gasset) que treparam lestos desde o Julho sampaísta mas que acabarão a vender ingressos à porta da plaza.
Existem no entanto manolos que nos conquistam pela sua bravura, pela arte de dominar o medo. Álvaro Guerra conta-nos a história de um que afrontava a morte em trasteio de cortar a investida. Uma porteña aficionada atira-lhe: pensas que eres Curro Romero? Como se o manolo insistisse e triunfasse, um senõr de puro entalado nos dedos concede-lhe: Viva la madre que te parió! Nos toiros como na vida, há de tudo. É preciso é saber esperar.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.