Ó TEMPO, VOLTA PARA TRÁS: Num livrinho de Zacarias de Castro, intitulado Namoro e Adolescência, convenientemente visado pelo Cónego J. de Castro, Pró-Vigário Geral e publicado em Setembro de 1967 pela Logos, lê-se:
Viver e amar a vida são virtudes, mas o pecado surge precisamente porque se vive e se ama a vida. O problema moral, e não se reduza este à visão do pecado, anda em tudo quanto é humano, acompanha também o namoro (...). Toda a fisiologia e toda a psicologia femininas se orientam para a maternidade e sem a maternidade entram em falência (...). Mas as coisas acontecem "muitas vezes" e deve-se pensar no facto real e nunca como pura fantasia. E perante ele, apenas uma posição se pode tomar: arrancar a erva daninha(...).
Definido o problema - o namoro - procure-se o remédio:
A vida cristã será um auxiliar precioso para a grande medicina deste mal: a sublimação. Esta torna-se necessária, será indispensável. Como estes afectos andam marcados por idealismo romãntico, será ocasião de apelar para a arte, a poesia, a música como formadores de uma sensibilidade sadia. Como brota de energias novas, cuja orientação e significado se ignoram, o desporto, os passeios, as viagens serão um óptimo substituto e até constituem um processo válido para que tudo se esqueça (...).
Não sei o que será mais interessante: se a pandilha ( a velha e a recém-convertida) ter saudades deste tempo se pensar que é possível retomá-lo.
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