NÃO APRENDERAM NADA: Um rabino qualquer ( nem quis fixar o nome ou a posição) já anda por aí a dizer que a tragédia do Sudeste Asiático ( é tão grande que nem tem nome) foi um castigo de Deus perante os comportamentos dos homens. Era uma questão de tempo até aparecerem os exegetas divinos.
Noutros tempos, os epilépticos que ardiam nas fogueiras tomados por desgraçados possuídos por Belzebu, também morriam por vontade de Deus. As grandes fomes, do Palatinado à Suábia, produto do conúbio vergonhoso de uma Igreja gorda e complacente com a mesquinhez dos príncipes devotos de Roma, também eram um castigo de Deus, irado com os heréticos adeptos de Erasmo, João Huss ou Lutero.
Estas orelhas que pretensamente O ouvem, que despudoradamente acenam com o castigo divino, já as conheço de gingeira. São elas que sopram o lume que teima em reacender a minha fogueira de incréu.
Confesso que começa a não haver pachorra... Dum lado os que acham que o maremoto é a melhor prova da inexistência de Deus; do outro, os que acham que o maremoto é a melhor prova da existência de Deus. Por amor d' Ele: estamos no século XXI... A geologia e a estatística têm (talvez devessem ter) uma palavra a dizer... Bem vistas as coisas, talvez se recomendasse que, de um e outro lado, nos abstivéssemos de filosofar quanto aos seus (perdão: Seus) desígnios...
Peço desculpa de não vir a propósito do post, mas chamo a atenção dos que aqui vierem para o escândalo no concurso no Politécnico de Leiria relatado em http://universitas.blogspot.com/2004/12/intransparncia.html Bom 2005.
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