PRECIPITAÇÕES: O PPM do Acidental, demonstrando um inusitado interesse pelo caso Pinto da Costa, continua a informar-nos, dia a dia, sobre os desenvolvimentos do processo. Fá-lo agora, porém, sem precipitações, que já o levaram a seguir a notícia falsa da TSF, segundo a qual Pinto da Costa estaria a ser "interrogado na Torre das Antas" e Paulo Paraty teria sido "detido". Dois acontecimentos que, como se veio a comprovar, não existiram - e daí eu ter escrito que o Acidental se precipitou. Óbvio. Se Pinto da Costa veio a ser interrogado mais tarde, noutras circunstâncias, é irrelevante para medir a precipitação de reproduzir uma notícia falsa.
Na mesma altura, escrevi que me parecia precipitado o CDS/PP, em declarações públicas e solenes do seu Presidente (falando "aos Portugueses", como ele tanto gosta), prometer a "apresentação de uma equipa completa de Governo", num momento em que a situação política era bastante confusa. O patético pas de deux que o PSD e o CDS/PP têm ensaiado desde então sobre o futuro da coligação, e a notícia de hoje segundo a qual Paulo Portas só anunciará a decisão sobre o assunto depois de amanhã, mostram também que aquelas declarações foram precipitadas. Independentemente do conteúdo da dita decisão.
Não vejo, portanto, a que "exemplo" PPM se refere. O que, aliás, não é importante: os únicos exemplos que dou destinam-se a ilustrar proposições e construções teóricas.
acho que o post do PPM se entende perfeitamente. Eu sei que é difícil aceitar que o Presidente da República não tenha mais poderes. Isto é, ele conseguiu - ilegitimamente e em total desrespeito pela AR e pelos portugueses - determinar a queda de um governo estável, sustentado por uma maioria (não acham que há aqui qualquer diferença de procedimentos relativamente ao tempo do Eng. Guterres?), numa tentativa de colocar o PS no governo. Mas não tem ainda poderes para eleger ninguém. Caberá aos portugueses (já agora, porque razão critica Paulo Portas pelo facto de se dirigir aos Portugueses?) fazê-lo. E, que eu saiba, ainda não há resultados eleitorais. É normal, por isso, que um partido que - para além de uma ideologia forte mostra a competência e sentido de estado que o CDS-PP demonstrou - apresente uma equipe de governo, ainda que posteriormente ou anteriormente haja uma concertação de vontades no sentido de uma coligação partidária. Claro que nem todos compreenderão. Sócrates, por exemplo, anda há uma semana a repetir o mesmo discurso (já o fez três vezes, perante três públicos distintos e em ocasiões diversas). Não têm uma única ideia para o país. Resta-lhe pedir a Vitorino que escreva o 2º discurso e lhe diga quais são as novas fronteiras (acho que de tão novas que são ninguém as conhece). Mas não se pode criticar alguém por ser melhor do que ele. Nem PPM por dizê-lo abertamente!
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