VERGONHA: Sim, outra vez. O SEF meteu uma cidadã brasileira, negra e grávida de sete meses, 12 horas numa sala do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. A senhora vive em união de facto com um cidadão português há dois anos que é o pai da criança.
Mesmo que existissem, o que a julgar pelo discurso do advogado da senhora não existem, razões legais para o fazer, o procedimento é uma vergonha. Que revistassem a mulher, que lhe fizessem um scanner à procura de ilicitudes escondidas nas vísceras, mas que depois a deixassem ir ter com o companheiro e pai da criança que a(s) aguardava.
Tem uma certa graça, para ser suave, o facto de os defensores da memória colectiva de Portugal e das tradições históricas daqui do rectângulo - emigração, miscigenação - e de valores como a família e a maternidade, não se indignarem com os aviltamentos, frequentes, dessas mesmas tradições e valores. Mais depressa saiem em defesa de um Buttiglione do que da tradição do seu país e dos seus sempre tão apregoados "valores".
Cada país tem os marialvas tradicionalistas que merece.
O seu comentario fez me pensar que es racista. Nacionalidade, cor, sexo e estar gravida pra voce constituiram a causa de tal evento. Nao acredito que seja o caso. Esta senhora pos a boca no trombone saiu na TV, mas milhares de casos igual ou pior acontecem o tempo todo no mundo todo. Nao so em Portugal, pra falar a verdade ja vi coisas muito muito muitissimo pior acontecendo no Brasil! O problema transcende cor, sexo e raca!
Como é que do SEF e da mulher negra se chega aos tradicionalistas e ao Buttiglione é que não se percebe bem. Mas quando se quer provar uma tese é muito fácil e tudo serve, para psicólogos com tanta inteligência. Saudações marialvas.
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