D.O.P.: Já terão reparado na conta em que esta gente nos tem. Foi assim com Guterres e os Estados-Gerais, com Barroso, e agora com as Novas Fronteiras: sempre que cheira a poder acenam-nos com "os independentes". Ainda hoje estava montado na TV o cenáculo habitual; na mesa com Sócrates, uma catrefa de "independentes"; na sala, os "dependentes": Fernando Gomes, Pedro silva Pereira, etc.
A coisa deve ser gizada mais ou menos termos: estão a ver o meu independente? É giro, não é? Bastante independente, não acham? Conhecem-no de algum lado? Claro que não, isso prova que este independente é verdadeiro. Os "independentes" são assim como que uma espécie de salpicões D.O.P. - denominação de origem protegida" - que nos impingem regularmente.
E não é por acaso que sempre que estão "independentes" na mesa, a sala está cheia de "dependentes". Sócrates deve aconselhar, calculo, qualquer coisa como isto: Vigiem-me esse independentes, não os conheço de lado algum. Aquele ali não está a parecer suficientemente independente. Olha aquele acolá: tira-o! Já foi independente nas outras eleições pelo PSD! É repetido! temos para a troca? Claro que uma vez no governo, os "independentes" são de uma utilidade extrema: os poucos que lá chegam, se por acaso borregam e ainda que a culpa seja do chefe, pagam a factura: com a prestimosa ajuda dos jornalistas das colunas do "sobe-e-desce", são cravados com o vergonhoso epíteto de "inexperiência política". Isto costuma ocorrer durante o primeiro ano do governo, os "independentes" são reenviados à procedência, e os "dependentes" ocupam os seus lugares. Que foram sempre seus.
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