DEBATES TELEVISIVOS: A verdadeira importância do debate político televisivo é mostrar ao eleitor a verdadeira face dos eleitos. Ali não há volta a dar, as posições definem-se, as pessoas esclarecem-se e o benefício do debate é imenso, tal como a nossa história é disso mesmo ilustrativa (recordem-se os debates Soares/Cunhal, Soares/Freitas ou até o de Sampaio/Marcelo, mesmo que pensemos que hoje, certamente, não passariam de um ensosso rol de admirações basbaques e de cumprimentos afectuosos e fraternos).
Desta forma, quaisquer que sejam as razões em que Sócrates se refugie, a sua fuga frenética ao debate com o líder do PSD não pode deixar de ser considerada como um enorme sinal de desrespeito pelos eleitores e uma demonstração de cobardia manifesta. O trambolhão do experiente Louçã perante Paulo Portas poderá ter assustado ainda mais José Sócrates mas exigia-se de um candidato a Primeiro-Ministro maior coragem para o debate político. Até porque, mesmo não tendo Sócrates as capacidades de Louçã para o debate, convenhamos também que Santana Lopes talvez não seja um Paulo Portas. E os eleitores agradeceriam.
Um pouco de coragem, pá, faz-te homem! - seria certamente o conselho do camarada Manuel Alegre, pessoa que seguramente não recusaria qualquer debate.
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