E VÃO DOIS! Alguns dos comentadores habituais, os socialistas em geral e o até o próprio Presidente da República têm-se pronunciado, de forma mais ou menos velada, desconsiderando o debate político nas televisões. Sem razão: o debate televisivo é importante, revela muito mais ao eleitorado do que frases soltas em comícios, mostra melhor ao eleitor os programas e as ideias dos que querem ser eleitos e alcança um número muito maior de eleitores. Daí que só não quer debater quem tem medo ou a certeza de perder o debate.
Não foi o caso de Jerónimo de Sousa, que enfrentou corajosamente Paulo Portas - embora tenha sido completamente trucidado, particularmente em muitas das áreas onde os comunistas se julgam reis e senhores.
Jerónimo de Sousa perdeu sem apelo nem agravo o debate televisivo da SIC Notícias mas não tem que se envergonhar pois já antes Francisco Louçã (que não é propriamente um menino de coro nestas andanças) se tinha estatelado ao comprido no debate com o líder centrista. Nem o patético e irrelevante artigo no Público de hoje nem as inúmeras declarações desesperadas em que durante o dia todo se desdobrou - com apoio amigo dos diversos órgãos de comunicação e tentando desdizer o que disse e emendar a mão - salvaram Louçã de, pela primeira vez, ser desmascarado e criticado até por elementos da sua área política.
Neste ponto estamos de acordo; o Francisco Louçã, como muitos bloquistas, age como se fosse o detentor da verdade, como se estivesse imune ao erro, como se lhe recolhecesse o cúmulo da virtude. É atentar aos discursos e ouvir as palavras "mentirosos", "cínicos", "hipócritas", etc. O estilo diz tudo! O problema dos bloquistas é que têm bons pensadores, muitos deles ressabiados, sem uma ideologia para além da vontade. Cansa, cansa muito! No resto, caro Vasco, o Portas não leva avante ... também ele faz de filho exemplar no meio do desvario que se viu!
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