O ABORTO III: Nem vale a pena tentar disfarçar que isto que eu tenho escrito tem a ver com um outro post meu colocado aí em baixo. Uma porção de gente mais ou menos anónima está incomodada pelo teor do meu post. Eu podia não ligar. Só não o faço porque há realmente uma criança (que eu descrevi como seguramente adorável) metida no assunto, criança essa que, como todas as outras, não tem culpa de nada.
Acontece que essa criança foi arremetida violentamente pelo seu próprio pai para a arena, para a praça pública, e utilizada por ele como argumento fraco e desnecessário apenas porque perdia estrondosamente uma discussão política. Isso sim, dá vómitos. Ver um pai, mesmo que desesperado, tomar esta atitude, é repugnante. E ver a criança, depois de ter sido utilizada como arma de arremesso, ser agora utilizada como escudo para o pai, não dá menor náusea. Mas ela vive. E espero que seja muito feliz pela vida fora.
Tantas asneiras em tao pouco espaco... Nao sei se leu o artigo que o New York Times escreveu sobre Portugal e o aborto ha tres ou quatro meses. Devia ler. Com calma. E depois considerar o ponto de vista deles. Eu transcrevi-o no meu blog, a 26 de Agosto passado.
E que ha assuntos em que nao bons nem maus, respostas certas e respostas erradas, e a sua simplicidade e quase ofensiva da inteligencia e do bom senso.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.