REGRESSO DE "OS FUGITIVOS": Uma das facetas mais engraçadas que a campanha de Sócrates nos tem mostrado é a sua capacidade de se pôr atrás dos outros e de aparecer o mínimo possível, dizendo o menor número de coisas que consegue e deixando aos outros o trabalho desagradável de fazer o combate político. A ele basta-lhe sossegar descansadamente à espera de que o poder lhe caia em cima, que é o que parece estar a fazer.
Mas o mais cómico é ver atrás de quem ele se tem escondido: atrás de Guterres, que fugiu para parte incerta do pântano por ele próprio criado; atrás de António Vitorino, que fugiu para Bruxelas; atrás de Jorge Coelho, que fugiu perante o desastre de Entre-os-Rios e atrás de Ferro Rodrigues, que debandou amuado com Jorge Sampaio. Uma colecção de fugitivos que dava uma série bem melhor do que a da nossa infância. O problema para Portugal, perante o curriculum desta gente atrás de quem Sócrates se esconde e em quem se apoia, é que pode muito bem acontecer que um dia Sócrates acorde, volte-se estremunhado e repare, desorienteado, que está sozinho e que o pessoal todo se escapuliu outra vez.
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