UM IMENSO VÁCUO: No forúm da TSF está uma "empresária de Coimbra" a vociferar com os políticos; diz ela que "Portugal precisa de uma revolução, mas não como a dos cravos, que foi muito soft, mas de uma revolução a sério". Sim, de facto, felizmente foi "soft": no Campo Pequeno, em matéria de carne, só chegaram a entrar toiros, cabrestos e cavalos. Outro fora e esta empresária lá teria estado, de palanque e com um saco de pipocas ( não são contra-revolucionárias, pois não?) no colo, divertida e entretida. Com uma revolução a sério.
Desconheço a idade exacta desta empresária, mas pareceu-me ser claramente da "geração de sessenta". E apercebo-me, uma vez mais, que parte ( parte, não se excitem...) desta geração seria incapaz - como foi - de erguer um país desenvolvido, culto e moderno. No tempo da noite provincianamente sufocante do Estado Novo, eram pequenos e não puderam aprender a pensar: depois, outros pensaram por eles, e quando acordaram nos finais de 80, não tinham nada. Agora não sabem fazer mais do que rilhar os dentes.
Não são melhores nem piores do que os políticos que execram.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.