BRINCANDO BRINCANDO...: Eu por acaso gosto da ideia de co-incinerar. Não sei porquê mas gosto. Gosto de imaginar o lixo perigoso a queimar em Souselas, o fumo a sair das chaminés e a chegar a Coimbra; esta, envolta num fumo denso que cobre a porcaria acumulada em séculos de desastre, revela-se finalmente digna. E a população, perguntam vocês, seus imbecis? Viverá como vivem outras populações, noutros locais onde ( nem) existe a tal co-incineração. Nem melhor nem pior do que outras populações que vivem em sítios do chamado Terceiro Mundo, que comem a merda toda que nós no hemisfério norte produzimos. Não gostam? Preferiam mandar os resíduos perigosos para a Holanda e daí num cargueiro manhoso para o Cambodja, não era? Ecologia é boa para nós, não é? Imperialistas neo-colonialistas é o que vocês são.
PS: Espero que tenham apreciado esta minha deriva "à Freitas do Amaral".
A Alemanha tem 16 unidades de co-incineração em fornos de cimento, a França 19, a Suiça 7, a Austria 7, a Inglaterra 10. Felizmente somos um país limpo. Nós e a Grécia. Por quanto tempo, pergunto eu? É preciso mantermo-nos alerta para não nos tornarmos noutro Cambodja. Crunch
Penso que no meio disto tudo o navio somos nós. E mais uma vez à deriva do resto da União Europeia. Uma pergunta: alguém se queixou alguma vez de abrir a janela e levar com um fuminho cheiroso a corpo cremado? Claro que não. Importar, a gente só se importa quando vir que é para se importar a sério, com muito berro e muito pranto. Porque até lá, obviamente que não vale a pena.
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