COMO VOTAR? É, por estes dias, a pergunta difícil, para quem mantém um pouco de capacidade crítica.
No debate não se discutiram propostas concretas. E devia servir para isso.
O caminho para o crescimento económico (porque, pessoalmente, dia 20 de Fevereiro estou-me nas tintas para a clonagem, gays, etc.) não passa por nova engorda, mas sim pela dieta, do Estado, para a qual (e para dizer pouco) o PS não está, nem pretende estar, "vocacionado".
Só que a opção não é só sobre o conteúdo, e também (tem sido, aliás, sobretudo) sobre capacidade para fazer bem, credibilidade e um mínimo de equilíbrio - dir-se-á mesmo, tendo em conta a experiência recente, sobre compostura e seriedade. Estes já tinham uma maioria, e foi o que foi...
Quer dizer: as propostas correctas não coincidem com os protagonistas correctos. Tenho, por isso, uma proposta a fazer: troquem os partidos de líderes (ou de programas e bases de apoio, o que vai dar ao mesmo), que fico com o voto para primeiro-ministro muito facilitado (e talvez também alguns milhares de portugueses).
P.S.: Claro que a proposta antecedente só faz sentido para quem vai votar num primeiro-ministro no próximo dia 20, e não para quem, mais modestamente, pensa em primeiro lugar votar sobre um líder do PSD - o que, numa certa perspectiva, e tendo em conta os resultados que se perfilam, não deixa de ser perfeitamente legítimo.
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