DURA E DURÁVEL: Agora que o rebuliço está a acabar, uma ou duas incertezas de alguém interessado no futuro do PSD. Passada a Unidade Provisória Para o Combate Eleitoral (UPACE), os adversários e os inimigos de Santana aparecerão em terreno partidário ( e não nos jornais ou nos blogues). Tenho no entanto as mais sérias dúvidas que na altura de o cortarem como a um bezerro do Líbano, possamos distinguir entre adversários consistentes ( que os houve) e oportunistas necrófagos ( que também haverá); Ou seja, muitos falarão em Março pela mesmíssima razão pela qual estiveram calados até Fevereiro*.
A UPACE, como todas as coisas escritas na areia, durou pouco. A derrota eleitoral do próximo dia 20 vai durar muito mais. Santana, quer lá fique dentro ( do partido) quer vá para os jornais, não se cansará de classificar os candidatos à sua sucessão como valentes que aparecem depois das batalhas travadas. Por isso é que eu não me impressiono muito com risinhos misteriosos acerca de supostas tentativas ocorridas em Junho último ou já na altura do congresso de Guimarães, para travar Santana. Num partido tão popular e reformista, as coisa fazem-se ás claras ( com ou sem UPACE )e aos olhos do tal povo social-democrata; ou não?
* A tese segundo o qual os críticos de Santana estiveram calados para não prejudicar o partido, em governo fragilizado ou em corrida eleitoral, é conversa para boi dormir. Manuela Ferreira Leite anunciou um "golpe de Estado", Marcelo foi o que se viu, e Pacheco Pereira, que eu saiba, nunca deixou de dizer o que entendia que tinha de dizer.
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