GOLF GTI (III): Nos últimos trinta anos, os alemães conseguiram melhorar espectacularmente o Golf GTI, os espanhóis conseguiram um crescimento económico que lhes permite um sistema fiscal que não sobrecarrega excessivamente o Golf GTI e, nós por cá, conseguimos transformar o Estado numa pesada e caríssima máquina, num ladrão que nos põe tudo mais caro e torna o Golf GTI num artigo de luxo. Se foi isto o que os dois principais partidos conseguiram fazer nos quase trinta anos de liberdade democrática que temos, compreende-se melhor o desinteresse dos portugueses por esses partidos e pela vida pública do que o apelo do PR para alterar o sistema político por forma a conseguir mais facilmente maiorias absolutas e, assim, perpetuá-los no poder. Ora um, ora outro, não têm conseguido sozinhos fazer qualquer reforma e transformaram o Estado no monstro mais pesado economica e financeiramente que alguma vez tivemos. Porquê, então, as maiorias absolutas? Porquê a entrega dos destinos do país apenas a este ou àquele?
Talvez fosse uma boa altura de nos consciencializarmos de que para além do tiroliroliro e do tiroliroló existe um outro partido que deu grandes provas de boa governação e de que nos podia ajudar a mudar este estado de coisas.
Caro VLX, como assíduo leitor dos seus ?posts? hoje não posso passar sem um pequeno comentário. Como não tenho identificação bloguistica fico-me pelo tradicional Anónimo, nada que uma lampreia próxima não desvende. Segui com ávida atenção o novo modelo de debate televisivo. Talvez dentro de dez anos estes possam ser interessantes. Interessantes porque os jornalistas talvez venham a saber fazer perguntas. Interessantes porque talvez os nossos políticos venham a aprender a lidar com este modelo. Que tristeza! Que fraqueza, Não fora um red label e o serão teria sido muito fraco. Apregoaram que este debate valeria 55 mil votos (não sei como conseguem definir com tanto rigor) mas a verdade é que qualquer português, dos considerados indecisos, não irá certamente votar num daqueles fantoches que nos preencheram a televisão e monopolizaram o diálogo familiar por hora e meia. Fica aqui o apelo, em jeito de campanha, Votem, mas não nestes. Não se abstenham. Não votar é considerar que estes estão no bom caminho. Depois não se queixem!
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